Fotograma é uma forma visual estabilizada mediante um procedimento de “suspensão” momentânea do movimento; um fragmento que emerge da materialidade em movimento por um gesto de leitura que, convocado por algum detalhe, põe nele sua mirada. O gesto produz o fotograma, que contém marcas de sua historicidade e traços de seu devir. Não se trata, então, de um corte sincrônico, mas da trama histórica funcionando. Esse número da Fragmentum procura produzir um fotograma da atualidade, tendo como sustentação teórica a Análise do Discurso pecheutiana. Quais são os elementos da materialidade discursiva que insistem em aparecer? Quais os significantes em tensão? Como funcionam, nesse presente latino-americano, as articulações sintáticas e quais elementos aparecem sobredeterminados em articulações que se reiteram (numa relação de repetição-transformação)? Há (e se há, quais são) enunciados, em seu funcionamento dividido, que permitem caracterizar tensões políticas presentes? É possível distinguir elementos inscritos em formações discursivas antagônicas, aliadas ou em relação de subordinação? Esse chamado da revista Fragmentum convida a apresentar trabalhos que relevem contradições e heterogeneidades que no cenário atual funcionam no nível do (inter)discurso.
Palavras-chave : contradição, heterogeneidades, enunciado, articulação, significante, atualidade.
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